Por André Luiz Costa | Módulo FM com informações do Estadão
Postado em: 22/11/2025
O Ministério da Saúde anunciou que vai acionar a Justiça contra médicos que têm usado as redes sociais para divulgar teorias antivacina e comercializar cursos e tratamentos sem comprovação científica. A ofensiva inclui medidas criminais, ações civis e cobranças às plataformas digitais para derrubar conteúdos enganosos.
Segundo o ministro Alexandre Padilha, as iniciativas começariam a ser adotadas nesta semana. Ele afirma que parte dos profissionais que propagam a chamada “síndrome pós-spike” — atribuída falsamente às vacinas de mRNA usadas na pandemia — mistura “negacionismo com ganância”.
Entre as ações previstas estão representação contra os médicos nos Conselhos Regionais de Medicina, ação civil pública por violação ao direito à saúde, ação criminal por venda de tratamentos falsos e notificação extrajudicial às redes sociais para retirada de publicações e ofertas de cursos.
O caso ganhou repercussão após médicos com mais de 1,6 milhão de seguidores afirmarem que vacinas de mRNA causariam uma intoxicação prolongada. Eles cobram até R$ 685 por cursos e chegam a pedir R$ 3,2 mil por consultas privadas. A teoria da “spikeopatia”, no entanto, não possui respaldo científico e serviu de base para um estudo que foi contestado e retirado de publicação pela revista IDCases.
Enquanto combate as informações falsas, o Governo Federal ampliará investimentos na tecnologia de vacinas de mRNA. Padilha informou que R$ 150 milhões estão sendo aplicados em projetos da Fiocruz e do Butantan, além de outros R$ 60 milhões destinados à atração de pesquisadores internacionais. O ministro defende que dominar a tecnologia é essencial para preparar o País para futuras emergências sanitárias.
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