Anderson Ibrahim Rocha durante o seu depoimento na Câmara dos Deputados, em Brasília/DF
Postado em: 07/08/2024
O empresário Anderson Ibrahim Rocha, da AIR Golden, acusou o atual presidente do Clube Atlético Patrocinense (CAP), Roberto Eustáquio Avatar, de mentir em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga manipulação de jogos e apostas esportivas. Anderson prestou depoimento na tarde desta terça-feira (07/08) à CPI, presidida pelo senador Jorge Kajuru e tendo como relator o senador Romário. Nesta quinta-feira (8), o presidente Tatá estará no programa Módulo Esportes, ao vivo, às 12h30, para responder ao empresário.
A investigação gira em torno do jogo entre Inter de Limeira e CAP, realizado no dia 01 de junho, no Estádio Major Levy Sobrinho, em Limeira/SP, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série D de 2024. O Patrocinense foi derrotado por 3 a 0, com dois gols marcados de forma suspeita, o que levantou questionamentos sobre a integridade do resultado e sendo o estopim para uma investigação da Polícia Federal.
Durante o depoimento, Anderson Ibrahim explicou que não pôde comparecer à audiência anterior na qual Roberto Avatar prestou esclarecimentos na Câmara dos Deputados em Brasília, devido à iminente chegada de seu filho, o que demandou sua presença ao lado da esposa.
No entanto, ao prestar seu depoimento, Anderson Ibrahim afirmou que Avatar estava plenamente ciente de todas as ações da AIR Golden e que presenciou a assinatura do contrato entre sua empresa e o CAP. Ele acusou Tatá de ter "faltado com a verdade" em seu depoimento à CPI, ao afirmar que não estava envolvido nas decisões do clube, quando, na verdade, segundo Anderson, Avatar participava ativamente da gestão do clube, no cargo de vice-presidente.
Questionado pelo senador Kajuru sobre a contratação de jogadores, Anderson negou ter contratado atletas sem consultar a diretoria do clube. Ele destacou que o objetivo da parceria com o Patrocinense era profissionalizar a gestão do clube, que, segundo ele, enfrentava sérios problemas administrativos, como o rebaixamento no Campeonato Mineiro por W.O. Anderson mencionou ainda que, durante sua gestão, adquiriu equipamentos para montar uma sala de fisioterapia para atender os atletas, evitando sobrecarregar o hospital da cidade.
O contrato entre a AIR Golden e o CAP previa que a empresa buscaria recursos para a gestão do clube no futebol profissional e que, futuramente, também assumiria a administração das categorias de base. Anderson destacou que o clube buscava um parceiro para disputar a Série D, pois uma desistência resultaria em punições pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ele também alegou que os dirigentes do CAP não cumpriram as cláusulas contratuais, como o repasse das receitas provenientes do programa sócio-torcedor e bilheteria, o que nunca foi devidamente contabilizado.
Anderson Ibrahim argumentou ainda que havia conflitos políticos internos no clube, especialmente entre o presidente Ronaldo Correa de Lima e o vice-presidente Roberto Avatar, o que culminou na renúncia de Ronaldo. A parceria entre o CAP e a AIR Golden foi encerrada em 02 de junho, por meio de um ofício enviado por Tatá.
Veja na integra o depoimento do empresário Anderson Ibrahim Rocha, em Brasília/DF
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